sexta-feira, 18 de maio de 2012

Avenida Paulista poderá abrigar o Museu da Turma da Mônica


Depois de anos sendo alugado para festas ou cedido para a realização 
de feiras de adoção de animais, o casarão da família Franco de Mello
construção mais antiga ainda de pé na Avenida Paulista,
 poderá ganhar um destino digno de sua importância histórica. 
Está em negociação a possibilidade de ser feito ali o
 Museu da Turma da Mônica no espaço. 
Por enquanto, o projeto não passa de uma intenção. 
O orçamento – estimado em cerca de 100 milhões de reais 
– ainda não atraiu patrocinadores.
Segundo Jacqueline Mouradian, curadora da 
Maurício de Sousa Produções,esse é o entrave que paralisa o projeto.
 “O museu ficou caro porque, 
como a casa está deteriorada, precisaríamos realizar uma boa reforma”, 
justifica. Além disso, o espaço interno de 35 cômodos e pé direito baixo 
não é grande o suficiente para comportar todo o acervo, que, além de
 outros itens, inclui originaisde desenhos de Maurício de Sousa,
 15 esculturas e quase 100 pinturas do artista. Para resolver a situação, 
o projeto prevê a construção de um aterro anexo à casa,
 já que sua estrutura, por ser tombada, não pode sofrer modificações.
Casarão da família Franco de Mello
As construções residenciais na Avenida Paulista iniciaram-se em 1891,
 para abrigar famílias da alta sociedade que já não queriam morar no 
superlotado centro de São Paulo. O casarão Franco de Mello, de 1905,
 pertence ao primeiro lote dessas casas. Tombada pelo Condephaat 
(Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico,
 Artístico e Turístico) 
em 1992, a mansão está cedida em comodato a um dos herdeiros, 
Renato Franco de Mello.
Manter conservado um imóvel tombado é caro, e já houve tentativas, 
por parte dos Francos de Mello, de conseguir uma indenização que os 
ajudasse a arcar com as despesas. O abrigo do museu seria, portanto, 
vantajoso para a família herdeira. 
No projeto estão incluídos o pagamento de contas pendentes e as
 reformas da construção. Jacqueline Mouradian garante que
 Renato Franco de Mello
 se posiciona em favor da ideia. “Ele parece estar empenhado em
 dar um destino digno à casa”,revela. A Maurício de 
Sousa Produções não está fechada
 para negócios com 
outros espaços, mas confessa ter preferência pelo casarão da Paulista:
 “O acesso ao público não se compara com o de outras regiões”, 
destaca Jacqueline. 
Houve inclusive propostas vindas de Mogi das Cruzes (SP), cidade onde 
Maurício de Sousa passou a infância, mas o foco está na capital.
 “Está na hora de a população ganhar esse presente”, diz a curadora.
(Com colaboração de Júlia Bezerra e fotos de Thiago Queiroz)

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